29.1.25

 Em busca da equidade: estudantes protagonizam roda de conversa sobre projetos de
ações afirmativas

 
A tarde do segundo dia do Simepe deu mais um importante espaço para a atuação de estudantes
de diferentes campi do IF Sudeste MG.
Junto a servidores responsáveis por coordenar os projetos, eles protagonizaram uma série de relatos de experiências, vivenciadas a partir da atuação como bolsistas em 10 projetos de ações afirmativas. Os projetos em questão, desenvolvidos a partir de edital da Diretoria de
Apoio ao Discente (Dirad), buscavam, de uma forma geral, a promoção da equidade, por meio de
atividades extraclasse capazes de favorecer a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Assim, a roda de conversa trouxe como proposta a discussão desses projetos, compartilhando-se
o conhecimento adquirido e demonstrando a importância de cada ação, como explicou, antecipadamente, a coordenadora de Ações Inclusivas do IF Sudeste MG, Margarete Coutinho.
Ela precedeu o primeiro relato, originário da vivência do projeto “Feminicídio: até quando?”.
Desenvolvida no Campus São João del-Rei, a proposta consiste em uma série de oficinas com
variadas temáticas, durante as quais as participantes ficavam livres para expor casos onde
possivelmente a relação afetiva em questão fosse marcada pela existência de violência, sendo ela
explícita ou não.
“Às vezes a gente não enxerga, mas tem uma pessoa do nosso lado passando por isso”, alertou a
bolsista Lis Eduarda Terra Gomes sobre a oficina que tratou de “Relacionamentos abusivos”. Além
de ajudar a identificar situações, o projeto deu subsídios quanto a locais onde buscar ajuda e
chegou a tratar de livros e filmes com a temática, a exemplo do drama americano “É Assim que
Acaba” (2024).
“Espero continuar nesse projeto porque me ajudou muito no âmbito pessoal”, garantiu a
estudante. Ela foi acompanhada da professora Adriana Magalhães, uma das responsáveis pelo
projeto.


Outras muitas experiências de sucesso foram pauta da roda de conversa, como a do projeto
“Informática Olímpica: conquistas através da programação”, do Campus Rio Pomba. Sendo a área
de Tecnologia da Informação historicamente ocupada por homens, as ações traziam como
proposta não apenas a capacitação, mas também o empoderamento feminino, por meio do
incentivo à participação em competições, por exemplo. “Eu me sentia muito incentivada nas
competições, por isso eu comecei a gostar do meu técnico”, contou a bolsista Júlia de Oliveira.
“As meninas se cobram demais. Já os meninos, mesmo quando não sabem de nada, vão lá e
participam”, relatou a professora Alessandra Coelho, uma das responsáveis por levar cinco
estudantes à segunda fase de uma competição e à conquista de medalha por uma delas.
A roda de conversa prosseguiu com outros temas, passando pelo Clube de Leitura on-line: “Em
Conto com a Literatura Afro-Brasileira” e também por “Futebol feminino contribuindo para o
empoderamento das mulheres”. Todos eles foram desenvolvidos no IF Sudeste MG entre 2023 e
2024.
No terceiro e último dia do VII Simepe, mais projetos de ensino serão apresentados e discutidos,
porém, com foco em ações inclusivas. Confira a programação e participe!

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