Palestra de abertura do Simepe apresenta referência nacional em Educação Inclusiva
28.11.17
"Educação para inclusão,
cidadania e desenvolvimento". Servidores e estudantes do IF Sudeste MG
tiveram a exata dimensão da relevância do
tema da quarta edição do Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão
(Simepe) logo na palestra de abertura, ministrada na manhã desta terça-feira
(28) pela professora Elise de Melo Borba Ferreira, do Instituto Benjamin
Constant (IBC). A primeira palestrante do evento tratou de educação e inclusão
na perspectiva do IBC, compartilhando história e conquistas. O Simepe segue até
quinta-feira, 30 de novembro, no Campus Juiz de Fora.
Ligado diretamente ao Ministério
da Educação, o IBC atua na formação de deficientes visuais desde 1854
(inicialmente como Imperial Instituto dos Meninos Cegos). A instituição,
sediada no Rio de Janeiro, é referência nacional em educação inclusiva. O
trabalho, no entanto, vai além do processo ensino-aprendizagem: o Benjamim
Constant se notabiliza também pela capacitação de profissionais para questões
relacionadas à deficiência visual e reabilitação de pessoas, além der ser um
importante centro de pesquisas médicas na área da Oftalmologia.
A professora Elise contextualizou
a inauguração do IBC: 29 anos antes, a criação do Sistema Braille (pelo francês
Louis Braille) representava um passo decisivo para a educação de deficientes
visuais. Em âmbito nacional, a fundação do então Imperial Instituto dos Meninos
Cegos teve importância equivalente, pois se tratava do marco inicial da
Educação Especial no Brasil. Elise também falou sobre a evolução do Benjamin
Constant, desde as máquinas mais simples aos avanços tecnológicos e a
automatização nas décadas de 1980 e, especialmente, 1990.
Para que a Educação Inclusiva
seja bem-sucedida, de acordo com a professora, é preciso entender as
especificidades de cada necessidade de seu estudante, especializar-se de fato
nas abordagens mais eficientes para sua formação. Ainda que seja fundamental compreender
o que é a inclusão de maneira global, tratar todas as limitações da mesma forma
é um equívoco.
"Mesmo que tenhamos evoluído muito no
campo dos Direitos Humanos, o que é muito bom", alertou Elise durante a
palestra, "agora estamos num momento em que precisamos promover a inclusão
de um ponto de vista educacional, pedagógico. O desafio de você receber o
estudante, mantê-lo na escola, é muito grande. Mas o de devolver esse aluno à
sociedade, com característica efetiva de produtividade, é muito maior".
A palestra e a cerimônia de
abertura tiveram interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras). O Hino
Nacional da solenidade foi interpretado por corais formados por estudantes dos campi Juiz de Fora, Barbacena, Rio Pomba
e São João del-Rei.
Abertura oficial
A composição da mesa de honra da
solenidade de abertura teve o reitor do IF Sudeste MG, professor Charles Okama
de Souza, os pró-reitores de Pesquisa e Inovação (também presidente da comissão
organizadora), professor André Rocha Campos, de Ensino, professora Gláucia
Franco, e de Extensão, professor Valdir José da Silva, e o diretor-geral do
Campus Juiz de Fora, professor Sebastião Sérgio de Oliveira.
Sebastião lembrou que o Campus
Juiz de Fora completa 60 anos em 2017 e reforçou a satisfação em receber
estudantes e servidores de todas as unidades do IF Sudeste MG. André, por sua
vez, elogiou o trabalho realizado pela comissão organizadora na viabilização de
um evento tão diverso como o Simepe. O reitor comentou a relevância do tema:
para o professor Charles, a educação inclusiva representa "um grande
desafio", para o qual é necessário "trabalho em conjunto",
integrado, envolvendo todo o IF Sudeste MG.
Antes da palestra e da abertura
oficial do IV Simepe, foi exibido ao público o novo vídeo institucional do IF
Sudeste MG. Disponível em breve nas plataformas de divulgação, a peça mostra
entrevistas com estudantes e servidores e ratifica a mensagem e o compromisso
de que o Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais pertence a todas e todos.
"Educação para inclusão, cidadania e desenvolvimento" vai além dos
três dias do Simepe, pois é uma busca permanente de estudantes e servidores.
Texto e imagens: Daniel Leite
0 comments