30.1.25

Roda de Samba conduzida por estudantes do Campus Juiz de Fora contagia participantes com a energia da música brasileira

Quem esteve no bloco administrativo durante o horário de almoço desta quinta-feira (30), certamente não conseguiu evitar uma “balançadinha” que fosse, ou ainda balbuciar um trecho das músicas que, em determinados momentos, ressoaram alto pelo Campus Juiz de Fora. Começando de forma tímida, mas animada desde o primeiro acorde, uma roda de samba formada por estudantes de cursos técnicos integrados enriqueceu o VII Simepe no melhor ritmo brasileiro. 

 A apresentação foi uma iniciativa dos próprios estudantes, cujos rostos transpareciam uma evidente satisfação com o sucesso quase imediato da atração. Eles contaram com o apoio da professora de Música, Hellen Barra de Moura, que embora ministre aulas apenas no primeiro ano, já se tornou referência para os alunos interessados em instrumentos musicais ou canto e deixa-os livres para a experimentação e a prática diária. “Eu deixo alguns instrumentos ali no departamento disponível para eles pegarem e tocarem na hora que eles quiserem. Tem violão, tem o tan tan, tem cavaquinho, ukulelê… então eles podem tocar. E com o tempo, eles estão ficando assim tão sérios no lidar com a música, que é só pegar a chave da sala de música e ir lá ensaiar”, contou.

Neste grupo de aprendizes está Laura Lúcia, aluna do técnico em Meio Ambiente e dona de uma das vozes que protagonizaram a apresentação no VII Simepe. “O Instituto [Federal] entrou na minha vida e abriu portas para eu soltar a minha voz. Parece que não, mas eu sou bem “vergonhosa”, mas graças à Hellen e aos outros meninos, estou conseguindo vencer isso, de soltar a voz aos poucos”, revela. Embora já tenha vivenciado experiências anteriores, a prática na instituição está sendo a maior delas e Laura não pretende parar:  “O canto é minha paixão(...) E a roda de samba é isso aqui que cada um viu: entra quem quiser, canta quem quiser, é uma coisa mais espontânea. Ali a gente vai se descobrindo, as coisas que a gente tem e às vezes tem vergonha de expor”.

Hellen fala com orgulho da rapidez com que os estudantes desenvolvem suas habilidades musicais. “Uns que estavam muito modestos no chocalho, no pandeiro, aprenderam na minha aula. E agora vamos embora! Não seguro mais não… Às vezes dou algumas entradas, uns cortes, mas assim, um apoio para eles criarem autonomia mesmo. É isso que rola no projeto.”
 
Grupo Revelação, Zeca Pagodinho e Péricles foram alguns dos artistas lembrados por meio da reprodução de suas músicas. No final, formou-se um coro: “Eeeeu não vou embooooraaaa!!” E os artistas se viram obrigados a prolongar a apresentação. Pois como já dizia Arlindo Cruz: “O show tem que continuar”.



You Might Also Like

0 comments

Curta nossas redes sociais