Pular para o conteúdo principal

Cinema e educação: uma união possível?


O uso da linguagem cinematográfica para ensinar e fazer refletir foi tema de um debate realizado na manhã desta quarta-feira, dia 5, no V Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do IF Sudeste MG. Durante a apresentação, foram exibidos os vídeos vencedores do Festival CurtArte e da Mostra SmartCurta, desenvolvidos através do projeto de extensão Cine IF do Campus Santos Dumont.
Participaram da mesa a professora Dina Pereira, doutora em Cinema e Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); o cineasta João Rabelo; e o professor Lucas Mendes, do Colégio de Aplicação João XXIII.
Dina integra a Rede Latino-Americana de Cinema e Educação e defende a ideia de que filmes devem ser inseridos no processo de ensino-aprendizagem a partir de uma perspectiva em que todos estão no mesmo patamar, ou seja, uma igualdade de inteligências. “É mostrar ao aluno a possibilidade de ver e fazer cinema, explorando os múltiplos talentos e dar voz ao que ele sente”, explica.
Já Lucas Mendes afirmou que o cinema pode ser trabalhado como uma forma de inserir as novas tecnologias no contexto educacional, a partir de trabalhos multimodais que envolvem as áreas de línguas, filosofia e informática. A mesma ideia é compartilhada pelo cineasta João Rabelo que destacou, ainda, o papel social do cinema. “É um dos modos de expressão cultural da sociedade industrial e tecnológica contemporânea. A relação entre cinema e educação, seja no contexto escolar ou na educação informal, é parte da própria história cinematográfica”.
O projeto Cine IF surgiu em 2016 projetando filmes para alunos e a comunidade em geral e, também, incentivando a produção de pequenos curtas. A ideia é mostrar para todos que cinema não é apenas arte, cuja produção é restrita a apenas um grupo. De acordo com a coordenadora, professora Priscila Júlio Guedes Pinto, todos podem ser produtores de conteúdo, basta ter uma boa ideia. “Não é necessário grandes aparatos técnicos e muito recurso financeiro. Com um celular já é possível fazer um bom produto audiovisual”.
Pedro Farnese
05-06-2019