Cinema e educação: uma união possível?
5.6.19
Participaram da mesa a
professora Dina Pereira, doutora em Cinema e Educação da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ); o cineasta João Rabelo; e o professor Lucas Mendes,
do Colégio de Aplicação João XXIII.
Dina integra a Rede
Latino-Americana de Cinema e Educação e defende a ideia de que filmes devem ser
inseridos no processo de ensino-aprendizagem a partir de uma perspectiva em que
todos estão no mesmo patamar, ou seja, uma igualdade de inteligências. “É
mostrar ao aluno a possibilidade de ver e fazer cinema, explorando os múltiplos
talentos e dar voz ao que ele sente”, explica.
Já Lucas Mendes afirmou
que o cinema pode ser trabalhado como uma forma de inserir as novas tecnologias
no contexto educacional, a partir de trabalhos multimodais que envolvem as
áreas de línguas, filosofia e informática. A mesma ideia é compartilhada pelo
cineasta João Rabelo que destacou, ainda, o papel social do cinema. “É um dos modos de expressão cultural da sociedade
industrial e tecnológica contemporânea. A relação entre cinema e educação, seja no
contexto escolar ou na educação informal, é parte da própria história
cinematográfica”.
O projeto Cine IF surgiu
em 2016 projetando filmes para alunos e a comunidade em geral e, também,
incentivando a produção de pequenos curtas. A ideia é mostrar para todos que cinema
não é apenas arte, cuja produção é restrita a apenas um grupo. De acordo com a
coordenadora, professora Priscila Júlio Guedes Pinto, todos podem ser
produtores de conteúdo, basta ter uma boa ideia. “Não é necessário grandes
aparatos técnicos e muito recurso financeiro. Com um celular já é possível
fazer um bom produto audiovisual”.
Pedro Farnese
05-06-2019
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