Quatro ex-alunos do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais compartilharam suas trajetórias pessoais e profissionais na tarde de quinta-feira (6), durante a última mesa-redonda do V Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão, no Campus Santos Dumont. Egressos dos campi Barbacena, Juiz de Fora e Manhuaçu, respectivamente, Raquel Campos, Mônica Ribeiro e Felipe Almeida explicaram de que maneira o Instituto Federal transformou suas vidas. O debate foi mediado pela pró-reitora de Ensino do IF Sudeste MG, professora Gláucia Teixeira, que também foi aluna do Campus Juiz de Fora – precisamente, do Colégio Técnico Universitário (CTU), que depois se tornou parte do IF Sudeste MG – e hoje pode retribuir, na condição de servidora, a Educação de qualidade que recebeu quando era estudante.
Educação que emancipa: seja o que você quiser
De acordo com a egressa do Campus Barbacena, sua trajetória é um exemplo de como o IF habilita seus estudantes a seguirem a carreira que quiserem. “Eu até passei em um concurso, mas não quis permanecer. Tive a oportunidade de fazer um intercâmbio, que abriu ainda mais o leque de opções. Escolhi seguir a carreira acadêmica porque quero ser professora e ter a possibilidade de ajudar outras pessoas, como eu fui ajudada. Sou muito grata ao Instituto Federal. Desde o Ensino Médio, tive uma educação sensacional”, avaliou Raquel.

“Existem muitas possibilidades para o estudante que não quer só estudar a disciplina”, constatou Felipe, “e sempre é possível trazer ideias, projetos. Você é estimulado a isso. Desde o início, participei de programas de Extensão, Pesquisa e também do PET (Programa de Educação Tutorial). Dentro do IFly (grupo de aeromodelismo da Engenharia Mecatrônica), por exemplo, há o gerenciamento de equipes. Você sai da questão técnica e tem contato com inúmeras outras áreas”.
De acordo com as necessidades locais, sem fronteiras para os profissionais
Mônica ingressou no curso técnico em Cafeicultura do Campus Manhuaçu em 2017. Embora sua ideia inicial fosse aprimorar a produção de café em sua propriedade, ela acabou descobrindo outros horizontes e foi contratada para prestar serviço em produção de café conilon a uma fazenda no Mato Grosso. Ainda que continue morando em Manhuaçu, ela vai ao Centro-Oeste com frequência para desenvolver o trabalho presencialmente.
A existência do curso técnico em Cafeicultura em Manhuaçu tem tudo a ver com o arranjo produtivo local, uma característica marcante dos Institutos Federais. Apesar disso, os estudantes não estão limitados a suas regiões. “Quando você não é profissional na área, produz do jeito que aprendeu com a família”, explicou Mônica, “mas, com o curso técnico, você aprende a manusear o solo, a preservar o meio ambiente, a fazer um produto de qualidade. Por isso, (o curso) é importante para a região de Manhuaçu. Eu mesma tinha a intenção de fazer isso na minha propriedade local, mas olha onde estou: no Mato Grosso, implantando um cultivo de café num lugar acostumado à monocultura”.
Daniel Leite
06/06/2019