Mesa-redonda celebra e debate história do IF Sudeste MG

Uma mesa-redonda trouxe o desafio de debater a história do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais na manhã desta quinta-feira (30 de janeiro), último dia do VII Simepe, no auditório do Bloco Administrativo do Campus Juiz de Fora.

A professora Vanessa Riani Olmi Silva (Campus Rio Pomba) e os professores Paulo Rogério Araújo Guimarães (Campus Juiz de Fora) e José Roberto Ribeiro Lima (que atuou no Campus Barbacena) abordaram a diversidade e a riqueza de uma trajetória institucional que, embora tenha completado apenas 16 anos em dezembro de 2024, agrega legados de diferentes locais e muitas gerações. A mesa foi mediada pelo diretor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Campus Juiz de Fora, professor Alessandro Del'Ducca Teixeira.

Criado em 29 de dezembro de 2008, a partir da Lei nº 11.892, o IF Sudeste MG integrou inicialmente a Escola Agrotécnica Federal de Barbacena, o Colégio Técnico Universitário (então pertencente à Universidade Federal de Juiz de Fora) e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba (Cefet-RP), que se tornaram os campi Barbacena, Juiz de Fora e Rio Pomba.

Muriaé, Santos Dumont, São João del-Rei e, em seguida, Bom Sucesso e Manhuaçu também passaram a ser casas do IF Sudeste MG. Cataguases e Ubá se juntaram à família, que agora recebe os campi Caratinga e São João Nepomuceno. O IF Sudeste MG chega, além da Reitoria, às 12 unidades acadêmicas.

Memórias

Ex-pró-reitora de Ensino do IF, a professora Vanessa trouxe memórias de quando atuou, enquanto uma das representantes de Rio Pomba, na comissão de criação do IF Sudeste MG. Naquela época, destacou Vanessa, era necessário superar o “desafio de se reconhecer como uma só instituição”. Conforme lembrou a docente, “o sucesso de um campus é o sucesso de todo o IF Sudeste MG”.

O professor Paulo Rogério, que foi reitor da instituição de 2013 a 2017, exaltou o projeto dos Institutos Federais e a interiorização do acesso à Educação Profissional. "Muitos alunos precisavam se deslocar quilômetros e mais quilômetros para estudar. O número de cidades que ofertavam o ensino profissional era muito limitado. Em 2007, o Ministério da Educação começou a estruturar a concepção dos Institutos Federais", recordou.

Assim nasceriam no ano seguinte os IFs, que, no entendimento do professor Paulo, têm um caráter de complementaridade - e não de “concorrência” - em relação às universidades. Conforme destacou o ex-reitor, a própria legislação de criação das nossas instituições prevê o foco em ensino técnico profissionalizante e formação de professores (com as licenciaturas), preservando a possibilidade de as autarquias se organizarem a partir disso.

Educação Pública

A valorização da Educação Pública foi o aspecto central da fala do professor José Roberto Ribeiro Lima, que atuou como diretor-geral do Campus Barbacena e pró-reitor de Extensão do IF Sudeste MG. "Valorizem o que vocês têm, também para as gerações futuras”, sugeriu o professor, dirigindo-se aos estudantes que acompanhavam a mesa-redonda. “Conhecimento faz a diferença para todos nós. Institutos Federais e universidades públicas estão aí para isso. A maioria da nossa população precisa dessas instituições”, completou.