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Exemplo de pesquisas bem-sucedidas inspiram professores e alunos

Os Institutos Federais estão se tornando exemplos de como aliar o conteúdo dado em sala de aula e o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de atuação. Durante o II Simepe, profissionais do Campus Rio Pomba mostraram como isto está sendo possível na unidade. O professor do Departamento Acadêmico de Zootecnia, Edilson Capelle, apresentou um equipamento que vem sendo desenvolvido em parceria com profissionais da área de computação e física para medir a locomoção de equídeos. Já a professora do curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Eliane Furtado, mostrou como sua tese de doutorado transformou-se em um produto inovador. Ambos conseguiram patentear seus produtos sob a orientação do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nittec) do IF Sudeste MG.

Edilson lembrou que a oportunidade para conseguir desenvolver um projeto parte da observação de um problema. Ele notou a dificuldade para se avaliar as formas de locomoção de um cavalo. Até então conhecia apenas projetos que filmavam o animal e, depois, com as imagens os profissionais poderiam avaliar cada animal. A ideia foi ter um equipamento por meio do qual fosse obtido um resultado imediato.
A partir daí, foram criados softwares e realizados testes. Com bons resultados, foi feito o pedido de reconhecimento de patente pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). “Conseguimos comprovar que nosso equipamento tinha um diferencial”, comentou, lembrando que o aparelho ainda passará por modificações como a retirada de fios dos sensores e criação de imagens 3D.
Já Eliane conseguiu ter o reconhecimento do uso de micro-organismos probióticos  em saladas de frutas minimamente processadas. O tema foi estudado durante o doutorado feito na Universidade Federal de Viçosa (UFV).  A partir deste trabalho, já foram escritos artigos publicados em revistas científicas e um capítulo do livro “Beneficial microbes in fermented and functional foods”.
Por ser algo inédito no mercado, ela conseguiu a patente para o produto e continuou desenvolvendo pesquisas na mesma linha. Atualmente, conta com três projetos financiados pelo CNPq.
Ela lembra que conseguir a patente de um produto junto ao INPI requer muita dedicação. “Não é uma tarefa fácil, mas temos que estar dispostos a encarar o desafio”. Para o Edilson, é preciso aproveitar as oportunidades que o instituto oferece para desenvolver novas pesquisas e produtos. “Temos que transformar as ideia em ações. E ter muita persistência. Não se pode perder a estrutura que temos para isto e a chance que nos oferecem”.

Texto e imagens: Lidiane Souza

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