Exemplo de pesquisas bem-sucedidas inspiram professores e alunos
16.11.15
Os Institutos Federais estão se
tornando exemplos de como aliar o conteúdo dado em sala de aula e o
desenvolvimento de pesquisas nas áreas de atuação. Durante o II Simepe,
profissionais do Campus Rio Pomba mostraram como isto está sendo possível na
unidade. O professor do Departamento Acadêmico de Zootecnia, Edilson Capelle,
apresentou um equipamento que vem sendo desenvolvido em parceria com
profissionais da área de computação e física para medir a locomoção de
equídeos. Já a professora do curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Eliane
Furtado, mostrou como sua tese de doutorado transformou-se em um produto
inovador. Ambos conseguiram patentear seus produtos sob a orientação do Núcleo
de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nittec) do IF Sudeste MG.
Edilson lembrou que a oportunidade para conseguir desenvolver um projeto parte da observação de um problema. Ele notou a dificuldade para se avaliar as formas de locomoção de um cavalo. Até então conhecia apenas projetos que filmavam o animal e, depois, com as imagens os profissionais poderiam avaliar cada animal. A ideia foi ter um equipamento por meio do qual fosse obtido um resultado imediato.
A partir daí, foram criados
softwares e realizados testes. Com bons resultados, foi feito o pedido de
reconhecimento de patente pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual
(INPI). “Conseguimos comprovar que nosso equipamento tinha um diferencial”,
comentou, lembrando que o aparelho ainda passará por modificações como a
retirada de fios dos sensores e criação de imagens 3D.
Já Eliane conseguiu ter o
reconhecimento do uso de micro-organismos probióticos em saladas de frutas minimamente processadas.
O tema foi estudado durante o doutorado feito na Universidade Federal de Viçosa
(UFV). A partir deste trabalho, já foram
escritos artigos publicados em revistas científicas e um capítulo do livro
“Beneficial microbes in fermented and functional foods”.
Por ser algo inédito no mercado,
ela conseguiu a patente para o produto e continuou desenvolvendo pesquisas na
mesma linha. Atualmente, conta com três projetos financiados pelo CNPq.
Ela lembra que conseguir a
patente de um produto junto ao INPI requer muita dedicação. “Não é uma tarefa
fácil, mas temos que estar dispostos a encarar o desafio”. Para o Edilson, é
preciso aproveitar as oportunidades que o instituto oferece para desenvolver
novas pesquisas e produtos. “Temos que transformar as ideia em ações. E ter
muita persistência. Não se pode perder a estrutura que temos para isto e a
chance que nos oferecem”.
Texto e imagens:
Lidiane Souza
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