Na tarde desta terça-feira, 13, estudantes,
professores e servidores técnico-administrativos de diversos campi do IF
Sudeste MG participaram da segunda rodada de apresentações de pôsteres do III
Simepe. Muitas pessoas circularam em torno da área reservada à exposição dos
trabalhos, em um momento de curiosidade e integração.

As idealizadoras do “IFarol” – projeto
que desenvolve com estudantes do Campus Juiz de Fora um trabalho de orientação
profissional e pessoal visando auxiliá-los em momentos de escolha geralmente
marcados pelo medo e pela indecisão - estavam felizes por poderem levar a
experiência bem-sucedida ao conhecimento de colegas de outros Campi. Cristiane
Oliveira, Raquel Polito e Vanessa Quintão, todas servidoras
técnico-administrativas, destacaram o papel importante desta interação: “Queremos
servir de inspiração para outros Campi terem iniciativas do mesmo gênero,
estamos abertas à troca de ideias e informações. Além disso, quando vemos nosso
trabalho nesta estrutura mais científica, visualizamos melhor a importância
dele e as tantas coisas que temos a aprimorar e desenvolver, reflete Raquel. “Trazer
nosso pôster para o evento também é importante no sentido de mostrar que a
gente está trabalhando nisso, está empenhada em fazer pesquisa, usar esta
linguagem tão comum em nosso meio acadêmico, pois não só os professores fazem
trabalhos. Nós, os servidores técnico-administrativos, também fazemos”,
completa Cristiane.

Quem também ficou muito satisfeito
com a apresentação dos banners e a troca de experiências foi o professor Luís
Eduardo de Oliveira, orientador de quatro projetos apresentados no III Simepe.
“Hoje nós trouxemos dois projetos de Iniciação Científica e dois projetos de
extensão. Os dois primeiros se relacionam com as condições de vida e trabalho
do operariado em Juiz de Fora na década de 1920, englobando as temáticas do
cotidiano, associativismo e movimento operário a partir da coleta de notícias
publicadas em jornais da região na década em que focamos nossa pesquisa. Já os
dois trabalhos na área da extensão estão vinculados à educação das relações
étnico-raciais. Trouxemos as atividades desenvolvidas no Neabi (Núcleo de
Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) e o seu spin-off, o projeto ‘Histórias de
vida e de luta de lideranças negras em Juiz de Fora’, no qual pretendemos resgatar,
pela metodologia baseada na história oral, a vida de líderes negros da cidade,
que se esforçaram, por exemplo, para termos hoje o Conselho Municipal de
Promoção da Igualdade Racial e o feriado municipal da Consciência Negra”,
explica.
O professor, que já participou
das outras duas edições do Simepe com os mesmos projetos, acredita que há uma
motivação maior dos bolsistas e um envolvimento mais intenso com os projetos
após a participação em eventos institucionais. “Percebo nos alunos um ganho
muito grande porque eles se sentem valorizados por serem protagonistas na apresentação
daquilo em que trabalharam durante meses. Isto dá a eles um vínculo maior com o
projeto porque as pessoas que passam por aqui criam uma empatia com os
trabalhos, o que é muito estimulante”, destaca.
Nesta quarta-feira, 14, ainda acontecerá a
terceira rodada de apresentações de pôsteres do III Simepe.
Texto e imagens: Paula Faria
14-09-2016