Conexão Brasil-Rússia: estudantes relatam experiências acadêmicas e discutem possíveis parcerias
30.11.17
O Simepe ultrapassou as fronteiras do
Campus Juiz de Fora e foi parar na Rússia. A “viagem” foi possibilitada pela
tecnologia, com o uso da videoconferência, permitindo que alunos daqui e de lá
pudessem interagir e trocar experiências sobre ensino e pesquisa. A manhã desta
quinta-feira (30) foi marcada por um intercâmbio cultural em várias línguas,
mas todos com o mesmo entendimento: a importância da interação internacional
para valorizar a pesquisa no âmbito institucional.
A reunião virtual entre o IF Sudeste MG
e a Universidade Pedagógica Estadual de Tomsk foi organizada de forma que os
estudantes pudessem relatar as suas vivências acadêmicas. A valorização da
pesquisa por empresas russas despertou a
atenção do estudante Lucas Pinto, do curso de Engenharia Mecatrônica do Campus
Juiz de Fora. “O aluno que tem bom rendimento é bem valorizado e consegue ser
contratado. Parece óbvio, mas aqui nem sempre isso acontece”.
Já a estrutura ofertada pela
instituição de ensino na Rússia foi bem avaliada pelo aluno Gabriel Mergh,
também do curso de Engenharia Mecatrônica. Ele foi à reunião para prestigiar o
amigo que apresentou um projeto de software de música desenvolvido no Campus
Juiz de Fora, mas ficou surpreso com o que viu. “Fiquei impressionado com toda
a infraestrutura que Tomsk oferece. Não apenas por conta da quantidade de
laboratório de pesquisa com equipamentos de ponta, mas, também, pelo complexo
esportivo”.
O pró-reitor de Pesquisa e Inovação do
IF Sudeste MG disse que a troca de experiências acadêmicas abre um mundo de
possibilidades para professores e alunos. “Unir competências entre instituições
que têm destacado potencial em quaisquer áreas, no caso aqui da Física,
proporciona um ganho expressivo na pós-graduação, já que os tratados de
interação internacional são muito bem avaliados”.
E os frutos dessa interação
Brasil-Rúsia já podem ser colhidos. Um memorando de entendimento já está
assinado e a ideia agora é elaborar um projeto para possibilitar intercâmbio
para alunos e professores. Além disso, a professora Elena Konstantinova, do
Campus Juiz de Fora, que costurou a parceria, conta que desde 2015, quando os
trabalhos foram iniciados, já foram produzidos quatro artigos, sendo três deles
publicados em anais de eventos e um em revista internacional. Outro já está em
produção e deve ser submetido em congresso no próximo ano. “A contribuição de
cada membro é muito importante pois aprimora os processos e torna a produção
muito mais valorizada e com grande importância acadêmica”.
Texto e foto: Pedro Lima
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