Pular para o conteúdo principal

Palestra “Reengenharia Reversa dos Modelos Cognitivos” propõe instituições de ensino que promovam saúde e bem estar


A última manhã do VI Simepe trouxe novas visões acerca da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, através da palestra “Reengenharia Reversa dos Modelos Cognitivos”, proferida pelo professor Harrysson Luiz da Silva (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC).

Segundo o palestrante, todos os nossos modelos cognitivos têm função psicológica, neurológica, imunológica e até energética: “o que queremos dizer com isso, é que o pensamento absorvido nos processos de ensino-aprendizagem gera ação sobre o hipotálamo e esta ação associa aminoácidos e neuropeptídeos que depois vão para a corrente sanguínea e alteram, a partir da entrada dos receptores celulares das células, o comportamento das mesmas, e assim a gente estabelece uma relação entre educação e saúde”, explica.

Como exemplos de diferentes meios de aprendizado, Harrysson citou aquele produzido pelo intérprete de libras da palestra. De acordo com o professor, os gestos feitos pelo profissional geram um novo modelo cognitivo, diferente do nosso, e que funciona para aqueles que não podem ver as imagens. E é fundamental que novos modelos cognitivos sejam criados. E aí entra a reengenharia reversa, que, de acordo com o professor, significa tentar resolver o problema dentro da mesma lógica. Pensando a Educação, a teoria reversa propõe a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, enquanto a engenharia versa considera ensino, pesquisa e extensão de forma separada. 

Portanto, o professor aponta que as instituições de ensino devem deixar de ser iatrogênicas, ou seja, promotoras de doenças decorrentes de modelos de ensino e aprendizagem não baseados na espontaneidade, na sensibilidade e na criatividade, para inserir modelos sociátricos, que são curativos pedagógicos, isto é, que são capazes de promover a saúde e o bem estar. Este modelo já deve começar no jardim de infância e é apontado pelo palestrante como “a universidade do futuro”. 

Para alcançar tal objetivo, enfatiza Silva, é preciso desenvolver projetos com modelos cognitivos sociátricos, recriando papéis pessoais e profissionais, aprimorando a gestão das emoções, ainda desconsiderada nas instituições, e, assim, promover ensino, pesquisa e extensão curativos, “muito mais do que dados técnicos para relatórios”. 

Assista à palestra na íntegra pelo canal do IF Sudeste MG no Youtube.

Comentários