"Ou eu faço, ou não acontece": professora fala sobre educação inclusiva e extensão
29.11.17Quando tratamos de inclusão no
contexto educacional, é comum associá-la apenas ao processo de
ensino-aprendizagem envolvendo estudantes deficientes. No entanto, a educação
inclusiva precisa ir além e estar presente em outros eixos de atuação de uma
escola. Promovê-la por meio da extensão, que representa a relação entre a
instituição e a comunidade externa, é um desafio.
Foi esse o assunto da palestra
"Ou eu faço, ou não acontece", ministrada pela coordenadora do Núcleo
de Direitos Humanos e Inclusão (NDHI) da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais (PUC Minas), Carolina Resende, realizada na tarde desta
quarta-feira, no Ginásio Poliesportivo do Campus Juiz de Fora.
Os projetos do NDHI abrangem diferentes públicos e temáticas. A Rede Incluir, por exemplo, capacita pessoas com deficiência, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, de maneira articulada com o poder público. A ideia é promover inserção no mercado de trabalho, emancipação e cidadania. As disciplinas oferecidas são Inclusão Digital, Informática Básica, Cidadania, Alfabetização e Ginástica Terapêutica.
"Entendemos que o trabalho
produtivo ocupa uma categoria central na vida do ser humano, é a principal via
da inclusão. É importante que as pessoas tenham a legitimação do emprego e da
renda, pois a inclusão social acontece muito por essa via", comentou a
professora, que também acredita na Extensão como uma ferramenta muito
importante para os estudantes.
"O principal objetivo desses
projetos é a formação do aluno da graduação. Quando ele vai atuar, precisa
entender a especificidade da demanda da inclusão, a complexidade dessa
temática, para que ele, como futuro dentista, engenheiro ou advogado, saia dali
um profissional com perspectivas inclusivas e um cidadão nesse sentido",
acrescentou Caroline.
A noção de sociedade inclusiva,
na visão na coordenadora do NDHI, deve ser ampla. "Esse conceito abrange
todos e está atento à necessidade de equidade: empoderamento, garantia dos
direitos das pessoas que estão historicamente em situação de vulnerabilidade
por uma situação de exclusão - a mulher, o negro, as questões de gênero, as
questões indígenas. A gente tem vários outros projetos voltados para esses
públicos", concluiu.
Texto e fotos: Daniel Leite
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