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"Ou eu faço, ou não acontece": professora fala sobre educação inclusiva e extensão

Quando tratamos de inclusão no contexto educacional, é comum associá-la apenas ao processo de ensino-aprendizagem envolvendo estudantes deficientes. No entanto, a educação inclusiva precisa ir além e estar presente em outros eixos de atuação de uma escola. Promovê-la por meio da extensão, que representa a relação entre a instituição e a comunidade externa, é um desafio.

Foi esse o assunto da palestra "Ou eu faço, ou não acontece", ministrada pela coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos e Inclusão (NDHI) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Carolina Resende, realizada na tarde desta quarta-feira, no Ginásio Poliesportivo do Campus Juiz de Fora.

Os projetos do NDHI abrangem diferentes públicos e temáticas. A Rede Incluir, por exemplo, capacita pessoas com deficiência, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, de maneira articulada com o poder público. A ideia é promover inserção no mercado de trabalho, emancipação e cidadania. As disciplinas oferecidas são Inclusão Digital, Informática Básica, Cidadania, Alfabetização e Ginástica Terapêutica.
"Entendemos que o trabalho produtivo ocupa uma categoria central na vida do ser humano, é a principal via da inclusão. É importante que as pessoas tenham a legitimação do emprego e da renda, pois a inclusão social acontece muito por essa via", comentou a professora, que também acredita na Extensão como uma ferramenta muito importante para os estudantes.

"O principal objetivo desses projetos é a formação do aluno da graduação. Quando ele vai atuar, precisa entender a especificidade da demanda da inclusão, a complexidade dessa temática, para que ele, como futuro dentista, engenheiro ou advogado, saia dali um profissional com perspectivas inclusivas e um cidadão nesse sentido", acrescentou Caroline.

A noção de sociedade inclusiva, na visão na coordenadora do NDHI, deve ser ampla. "Esse conceito abrange todos e está atento à necessidade de equidade: empoderamento, garantia dos direitos das pessoas que estão historicamente em situação de vulnerabilidade por uma situação de exclusão - a mulher, o negro, as questões de gênero, as questões indígenas. A gente tem vários outros projetos voltados para esses públicos", concluiu.
Texto e fotos: Daniel Leite