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No IV Simepe, Campus Juiz de Fora promove primeira Competição de Futebol de Robôs

Gol, árbitro, falta, pênalti, torcida e euforia. Muitos brasileiros conhecem todos esses elementos a partir da televisão ou dos estádios. No entanto, estudantes e professores conseguiram reproduzir esse ambiente no Campus Juiz de Fora durante o IV Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão. A primeira Competição de Futebol de Robôs . A equipe campeã foi a ELMFC, formada pelos estudantes do curso técnico em Eletromecânica integrado ao Ensino Médio Tiago Pulinho Ramos, Henrique Faria Ribeiro, Phelipe dos Reis Roberto, Gustavo Moratori Abreu e Matheus de Paula Rezende. Também participaram os times Titãs, da Engenharia Mecatrônica, e CRLR, do curso técnico em Eletrotécnica.
Com no máximo três "jogadores" por equipe, os estudantes comandam os robôs por meio de controles de Playstation, com um sistema totalmente desenvolvido por eles. Eles foram orientados por tutoriais disponibilizados por professores do IF, que apresentaram instruções sobre robótica móvel, motores, placas e outros aspectos relacionados aos robôs e seus comandos.
"Como estamos no terceiro ano, também precisamos nos preocupar com exames de seleção", contou o estudante Guilherme Sampaio, da equipe CRLR, "mas buscamos ideias e pesquisamos sobre o que era mais eficiente. Depois desenvolvemos propriamente a placa e compramos os componentes. Foi um grande aprendizado, por não ficar preso à teoria. O planejamento é importante, mas ainda mais é o teste, porque na maioria das vezes a teoria não bate perfeitamente com a prática".
Apesar de jovens, os estudantes mostraram desenvoltura para enfrentar os desafios propostos pelos professores. E, de acordo com os relatos, os problemas fizeram parte do cotidiano deles nestes últimos dois meses. "Foi bem interessante. À medida que montávamos, percebíamos que alguma coisa precisava mudar e fazíamos a alteração durante o desenvolvimento (dos robôs). Cada vez que a gente ultrapassava um problema, achava outro e foi resolvendo até chegar ao fim", relatou Douglas Vieira, também da CRLR. “Foi muito proveitoso. Aprendemos sobre programação e também a como fazer gambiarras para solucionar os problemas que enfrentamos neste período”, lembrou o membro da equipe vencedora, Tiago Ramos.
O torneio foi organizado pelos professores Tales Pulinho, Márcio Rodrigues, Rodrigo Arruda e Thiago Castro. "Existem outras competições (de futebol de robôs), inclusive internacionais. A ideia é desenvolver um grupo de trabalho para competir até mesmo internacionalmente, para trabalhar com essa tecnologia aqui no campus. Os alunos passaram por um período de treinamento, para desenvolver os robôs a partir dos recursos disponíveis - lógica de programação, linguagens, microprocessador, parte mecânica, chassi e o desenvolvimento do robô como um todo", explicou o professor Tales.
"A gente viu, ao longo dos dois meses que os estudantes estão trabalhando nesses projetos, o empenho de todos", relatou Tales, "com muita dedicação nos horários livres, dentro do laboratório para desenvolver os robôs. É um amadurecimento muito grande dos alunos. O papel aceita tudo, mas na hora de colocar na prática é que os problemas aparecem. Uma solda mal feita, um robô que não se comunica. Então, é uma vivência prática muito forte".
Texto e Fotos: Daniel Leite