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Instrumento auxilia no ensino da matemática para cegos


Para muitos estudantes, a matemática é um “bicho de sete cabeças”. Como desenvolver uma equação? Por que esta figura se chama polígono? São perguntas frequentes em uma sala de aula. Imagina para uma pessoa que não pode enxergar o que está no quadro negro! O professor de matemática paranaense e mestre em Engenharia de Produção, Rubens Ferronato, apresentou durante o workshop “O Ensino da Matemática Inclusiva”, que ocorreu no primeiro dia do II Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (Simepe), um instrumento para ensinar o conteúdo a um aluno cego. Para surpresa não só do professor como também dos outros estudantes, o projeto auxiliou também na compreensão da disciplina para o restante da turma. “Quando desenvolvemos algo para a educação inclusiva, acabamos nos preparando para trabalhar com todos”.

O especialista apresentou o multiplano: um quadrado de plástico com furos, aliado a pinos, elásticos e barbantes. A partir do instrumento é possível ensinar desde conteúdo de geometria até a solucionar equações de segundo grau. “O bom desta técnica é que mostramos como ela funciona e deixamos que os estudantes criem a partir daí”.

Professores e estudantes que participaram do workshop puderam manusear o material, compreendendo a aplicabilidade. O produto desenvolvido pelo professor do Paraná já é utilizado no Campus Rio Pomba, para ensino do conteúdo ao estudante do curso superior de Administração, João Carlos de Melo, que é cego.





Texto e imagens: Lidiane Souza

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