Mesa redonda abre segundo dia do Simepe com discussão sobre a reforma do ensino médio

10.11.15

“Currículo integrado nos cursos técnicos integrados: limites e perspectivas”. Este foi o tema da mesa redonda que abriu o segundo dia de atividades do II Simepe e contou com um produtivo debate. Os três participantes destacaram a reforma do ensino médio e as consequências para os cursos técnicos integrados da Rede Federal. 
“Como ex-aluno, professor durante quase 30 anos e hoje reitor, a gente sente na pele a importância de discussões como esta. O aluno da Rede não passa pelo Campus. O aluno vive o Campus”, comentou o professor Francisco Sobral, representante da Câmara do Ensino do FDE/Conif e reitor do Instituto Federal Catarinense. “Quando se fala de ensino médio integrado no Brasil, a Rede Federal tem experiência de décadas. No caso do Campus Barbacena, de um século. A Rede Federal este ano bateu seu recorde de boas notas no Enem, por exemplo, e isso é um bom sinal de que podemos alcançar o que queremos para nossos campi: a articulação entre técnica e ciência e uma formação emancipatória para os estudantes. Nossa proposta hoje é que eles continuem estudando após o curso técnico, façam faculdade, que eles concluam seus cursos sentindo-se competentes e seguros. Estamos formando cidadãos e não apenas trabalhadores da grande indústria”. 

Já a professora Nilva Schroeder, diretora de políticas da Setec, falou sobre o Plano Nacional de Educação e os desafios e perspectivas da Educação Profissional e Tecnológica. “O PNE prevê a universalização do ensino médio, ou seja, o direito efetivo de todo jovem brasileiro à conclusão desta etapa do ensino formal. Para nós, isso é muito significativo, já que o ensino técnico integrado ao médio é um dos pilares da nossa Rede Federal.  Temos que aumentar as matrículas nos cursos técnicos, e sobretudo no integrado para atender ao público jovem. Existem 81 milhões de pessoas esperando pela escolarização e nós precisamos identificar os públicos prioritários começando pelos que estão em condições de vulnerabilidade social”, concluiu. 

Texto e imagens: Paula Faria

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