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Mesa Redonda discute a contribuição das incubadoras de empresas e empresas Jr’s

Pensar e discutir as incubadoras de empresas e empresas juniores e seus avanços nos caminhos da inovação. Esse foi o objetivo que norteou a mesa redonda “A contribuição das Incubadoras de Empresas e Empresas Jr’s no incentivo ao Empreendedorismo e à Inovação” que aconteceu na manhã desta quarta-feira, dia 11 de novembro, no II SIMEPE.
Participaram da mesa redonda: Renato Aquino de Faria Nunes da Rede Mineira de Inovação (RMI), Juliana Delgado Simões, presidente da Campe- Empresa Jr. da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Lindomar Mattos da Encomp- Empresa Jr. do IF Sudeste MG- Câmpus Rio Pomba. A mesa teve a coordenação do Professor Salvador Quintão Barbosa Júnior, do Campus Barbacena.
Com 23 anos de atuação, a Campe, formada exclusivamente por universitários dos cursos da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis e da Faculdade de Economia da UFJF, é a segunda empresa júnior mais antiga do Brasil. Segundo Juliana, o maior desafio é a alta rotatividade da equipe, devido ao processo natural de graduação dos estudantes. Para sanar essa questão, a empresa implantou procedimentos e processos de atuação que garantiram a Campe o certificado  de qualidade ISO 9001. Outra medida é a co-gestão que garante que o aluno formando repasse a seu substituto todo treinamento para compor a equipe da empresa júnior.
“Muitos membros da Campe já saem da faculdade empregados,  graças a experiência que adquirimos e o networking que temos em contato com diversos clientes e parceiros”, afirma Juliana. A Encomp, por outro lado, é nova no mercado, foi criada em 2013 e somente agora se estabelece no mercado de Rio Pomba e região. A empresa surgiu quando a companhia de telefonia Motorola propôs uma parceria com o campus por meio de uma empresa júnior. Como não havia, até então, nenhuma atividade nesse sentido no campus, os alunos da área de Informática criou a Encomp. Para Lindomar, presidente da empresa, falta um longo caminho à frente para ampliar a atuação da Encomp, em especial, apoio institucional.
Esse é um ponto levantado por Renato Nunes. Para o presidente da RMI, falta às instituições de ensino estimular a Pesquisa e a Extensão com foco no empreendedorismo e na inovação. Um exemplo que foi colocado seria a experiência das empresas juniores e incubadoras de empresas ser inserida no currículo como forma de avaliação e pontuação de disciplinas voltadas à prática e a creditação dos alunos, no que se refere a atividades extensionistas. Isso estimularia os alunos a participarem destas iniciativas e assim a realidade atual da produção de inovação poderia ser mudada. “Somos um país rico, de materiais pobres. Enquanto não houver um investimento maior em tecnologia e inovação em relação ao investimento em indústria de base como a mineração, o Brasil não se desenvolverá enquanto potencial econômico mundial. Esse é o foco de países como a China”, argumenta Renato e o segredo para mudarmos essa realidade, segundo ele, é a Educação. Desconstruir as cadeiras disciplinares e a sala de aula tradicional para modelos diferenciados que permitam o desenvolvimento criativo e empreendedor dos alunos.
Texto e imagens: Juliana Rodrigues

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