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Professor do IF Goiano ministra palestra sobre consolidação de cursos de pós-graduação

O percurso entre a ideia inicial e a consolidação de um curso passa por diversos fatores críticos, especialmente quando tratamos de pós-graduação stricto sensu. Neste aspecto, uma das referências da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é o IF Goiano, com cursos de mestrado e doutorado em diversos segmentos das Ciências Agrárias. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da instituição, professor Fabiano Guimarães, compartilhou com pesquisadores do IF Sudeste MG sua visão sobre o tema na manhã desta terça (10).
O pró-reitor salientou que, para ser bem-sucedido, um curso de mestrado ou doutorado precisa, idealmente, partir de uma demanda regional. Do ponto de vista da instituição, é necessário que haja professores cujas áreas de estudo sejam efetivamente complementares, distanciando-se da ideia de colcha de retalhos.
Fabiano registrou que os Institutos Federais têm, sim, a missão de desenvolver cursos de pós-graduação, até por respeito à Lei 11.892/2008, que instituiu a Rede Federal e prevê programas de mestrado e doutorado nas unidades. Esse processo faz parte da verticalização do ensino nos IFs, que ofertam cursos técnicos em várias modalidades (inclusive de maneira integrada ao Ensino Médio), de graduação e de pós-graduação lato e stricto sensu.


"Há um enorme sombreamento entre os papéis das universidades e dos Institutos Federais (no desenvolvimento de cursos de pós-graduação stricto sensu). Mas o IF tem um papel a mais, com (pelo menos) 50% das matrículas em cursos técnicos. Na pós-graduação em si, os Institutos trabalham mais com pesquisa aplicada, e as universidades também têm como uma de suas atribuições a pesquisa básica", afirmou Fabiano, quando questionado sobre as diferenças entre os programas de pós em IFs e universidades.
O professor acredita que a oferta de cursos de pós-graduação proporcione ao Instituto Federal uma série de benefícios: mais qualidade no ensino de diferentes modalidades, estímulo à continuidade dos estudos pelos docentes, melhores condições de aulas práticas, a utilização da pesquisa como um mecanismo pedagógico, para gerar conhecimento, mais interação com o setor produtivo, maior empregabilidade de egressos e credibilidade da instituição foram alguns dos fatores mencionados.


Texto e imagem: Daniel Leite

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