Pular para o conteúdo principal

Escola sem partido é tema de palestra de abertura

Como fazer uma escola em que é proibido disseminar o pensamento crítico? Este foi o questionamento levantado pelo professor da USP, Antônio Carlos Mazzeo, durante a palestra sobre o projeto Escola sem Partido, na noite de segunda-feira, dia 12, na abertura oficial do Simepe no Campus Rio Pomba.
Para ele, educação está intimamente ligada a uma ideologia política. Ele lembrou que a influência do conhecimento no poder vem desde o início da humanidade. Como um dos exemplos, citou o caso de Giordano Bruno que foi condenado à morte por levantar a tese de que o mundo não seria o centro do universo, contrariando a tese mantida pela Igreja na Idade Média.
Mazzeo considera que, ao tolher a ação dos professores em sala de aula, o projeto que tramita no Congresso é “uma tentativa inútil de fazer com que crianças e jovens não pensem criticamente”. “Existem forças que querem que se tenha conhecimento limitado. Não há democracia com o povo ignorante. O que querem não é uma escola sem partido e sim sem consciência crítica”.

Abertura


Durante a abertura oficial do Simepe, o reitor Paulo Rogério Araújo Guimarães agradeceu o empenho de todos os servidores envolvidos no desenvolvimento do evento. “Todos sabem que passamos por um momento crítico para o país. Se não fosse a crença que todos têm em nossa instituição, não conseguiríamos fazer este evento. Vamos mostrar que ninguém vai desmontar o que conseguimos criar em todos estes anos”.
O diretor-geral do Campus Rio Pomba, que sedia a terceira edição do Simepe, Arnaldo Prata Neiva Júnior, corroborou a fala do reitor e fez um agradecimento especial a sua equipe. “Este é um momento muito importante para nosso campus. Temos a satisfação de receber todos em nossa unidade. Agradeço a todos que se dedicaram à execução deste evento que engloba não apenas atividades de ensino, pesquisa e extensão, mas também, cultural.



Orquestra Retocando

Para fechar o primeiro dia, cerca de 40 crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos de Itaperuna (RJ) subiram ao palco para apresentar músicas clássicas e do cancioneiro popular brasileiro. De acordo com a secretária de Ação Social, Trabalho e Habitação, Loide Estides, a Orquestra Retocando é produto de um trabalho realizado com famílias em risco social da cidade fluminense. Além do grupo do CRAS Surubi, que veio a Rio Pomba, o projeto conta com músicos de outras áreas da cidade e também de três corais.  A orquestra é regida pelo maestro André Codeço dos Santos.

Texto e imagens: Lidiane Souza

13/09/2016