Servidoras de Institutos Federais debatem desafios e perspectivas de inclusão na Rede
29.11.17
Atualmente, o IFFar presta
atendimento educacional especializado a 58 estudantes. A professora explicou
que alguns dos grandes desafios dizem respeito ao orçamento destinado a essa
área, que eventualmente pode sofrer ajustes, e o diagnóstico das necessidades
especiais. "Às vezes você demora mais de um semestre para identificar (a
partir dos relatos dos professores), por exemplo, se um estudante precisa do
atendimento especializado ou se tem apenas uma dificuldade (circunstancial) de
aprendizado", comentou.
Elaboração de material didático
adaptado a surdos e deficientes visuais, confecção de mapas táteis para o
ensino de História e Geografia, exposição tridimensional para o estudo de
Ciências e a formação continuada de servidores e da comunidade externa - em
Língua Brasileira de Sinais e Braille, por exemplo - estão entre as principais
ações promovidas por esses projetos.
Consciência institucional
"A acessibilidade mais
importante é a de atitude", afirmou a professora Sirley, "porque, se
você aceita esse estudante como uma pessoa que tem direito de ser bem recebida,
consegue se adaptar e (criar soluções para) vencer as limitações, como a
arquitetônica". Para a coordenadora de Ações Inclusivas do IF Sudeste MG,
Wanessa Oliveira, "as falas (da manhã desta quarta-feira) foram muito
ricas e complementares, com Fernanda apresentando a perspectiva da gestão e
Sirley tratando mais do convívio diário e prático com os estudantes".
Entre os aspectos comentados na
etapa de perguntas do público, a professora Fernanda destacou ainda a
importância da conscientização institucional em torno da inclusão e do respeito
a todos os estudantes que pertencem a algum grupo minoritário. A ideia é
estabelecer uma política de "não violência" para que haja, de fato,
uma cultura inclusiva na instituição compartilhada por todos os alunos e
servidores.
Texto: Daniel Leite
Fotos: Louise Moraes
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